A professora Magrah - Arte, desenvolveu várias atividades sobre: " O Dadaísmo e suas características - turma 2001.
Segundo Wikipedia:
Embora a palavra
dada em francês signifique "cavalo de madeira", sua utilização marca o
non-sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na fala de um bebê). Para reforçar esta ideia, estabeleceu-se o mito de que o nome foi escolhido aleatoriamente, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo um estilete sobre ela, de forma a simbolizar o caráter antirracional do movimento, claramente contrário à
Primeira Guerra Mundial e aos padrões da arte estabelecida na época. Em poucos anos o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de
Barcelona,
Berlim,
Colônia,
Hanôver,
Nova York e
Paris. Muitos de seus seguidores deram início posteriormente ao
surrealismo, e seus parâmetros influenciam a arte até hoje.
[1][2]
Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem pró nem contra e não explico por que odeio o bom-senso
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O impacto causado pelo dadaísmo justifica-se plenamente pela atmosfera de confusão e desafio à lógica sugerido por ele, optando por expressar de modo inconfundível suas opiniões acerca da arte oficial e também das próprias vanguardas ("sou por princípio contra os manifestos, como sou também contra princípios"). O dada vem para abolir de vez a lógica, a organização, a postura racional, trazendo para arte um caráter de espontaneidade e gratuidade total. Segundo o próprio Tzara:
Dada não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros Krou denominam a cauda da vaca santa: Dada. O cubo é a mãe em certa região da Itália: Dada. Um cavalo de madeira, a ama-de-leite, dupla afirmação em russo e em romeno: Dada. Sábios jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros Jesus chamando criancinhas do dia, o retorno ao primitivismo seco e barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge para a perfeição que aborrece, a ideia estagnante de um pântano dourado, relativo ao produto humano.
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O principal problema de todas as manifestações artísticas estava, segundo os dadaístas, em almejar algo que era impossível: explicar o ser humano. Na esteira de todas as outras afirmações retumbantes, Tzara decreta: "A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta".
No seu esforço para expressar a negação de todos os valores estéticos e artísticos correntes, os dadaístas usaram, com frequência, métodos deliberadamente incompreensíveis. Nas pinturas e esculturas, por exemplo, tinham por hábito aproveitar pedaços de materiais encontrados pelas ruas ou objetos que haviam sido jogados fora.
Foi na literatura, porém, que o ilogismo e a espontaneidade alcançaram sua expressão máxima: no último manifesto que divulgou, Tzara disse que o grande segredo da poesia é que "o pensamento se faz na boca". Como uma afirmação desse tipo é evidentemente incompreensível, ele procurou orientar melhor os seus seguidores dando uma receita para fazer um poema dadaísta:
- Pegue um jornal.
- Pegue a tesoura.
- Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
- Recorte o artigo.
- Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
- Agite suavemente.
- Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
- Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
- O poema se parecerá com você.
- E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.
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